Adam Hillman - Pinturas reimaginadas usando objetos do cotidiano
Portentoso cartapaço de 416 páginas, Safras de um triste Outono é
um livro de esconjuro e de catarse, arquitetado sobre uma vasta panóplia de
motivos, ritmos, imagens e recorrências estilísticas, num jogo polifónico de
meditação inquiridora sobre a finitude e a morte, ou os desvairados processos
da própria criação poética, mas também de celebração da Vida e suas
contingências em permanente estado de Humor rejubilante e libertário, nos seus
múltiplos cambiantes. Socorrendo-se A.V. da fábula, da parábola, do poema
dramático, do epicédio, da sátira e do poema lírico, onírico ou fescenino, num
rigoroso equilíbrio harmónico − posto que, como assevera o próprio poeta,
«entre o veneno e o remédio / a dose faz toda a diferença» −, é de sublinhar e
saudar o facto nada despiciendo de se não encontrar um poema bambo,
excrescente, excessivo ou a embotar este longo e monumental poema fragmentário,
verdadeira epopeia do Riso inteligente e transgressor. Para ler o texto de Zetho Cunha
Gonçalves clique aqui
Renato Russo, o rock brasileiro e o bolsonarismo. Para ler o texto de Michel Laub clique aqui
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