sábado, 11 de setembro de 2021

Navegando pelo cinema

 



Fernando Meirelles: "A crise do clima não é mais uma preocupação para o futuro" 



Um interesse que transformou-se ao longo dos anos em empenhada militância. Para o cineasta Fernando Meirelles, a crise climática, tema urgente para o futuro da humanidade, é seu “maior pesadelo”. E deveria ser encarada com mais firmeza neste presente, em tempo de mitigar os danos, já que parece a cada dia mais improvável revertê-los. Esse tema empolga tanto (ou mais) Meirelles quanto discorrer sobre seu mundialmente reconhecido trabalho à frente de filmes como “Cidade de Deus”, “O Jardineiro Fiel” e o recente “Dois Papas”, como se vê nesta sua entrevista exclusiva ao Fronteiras do Pensamento. E ele fala com a propriedade de quem se aprofunda cada vez mais nos estudos científicos que há décadas têm lançado recorrentes alertas sobre o aquecimento global e agressões diversas ao meio ambiente. Para ler sua entrevista clique aqui




Roy Andersson: "Da Eternidade"


Uma reflexão sobre a vida humana em toda a sua beleza e crueldade, o seu esplendor e a sua banalidade. Nela deambulamos, como que num sonho, suavemente conduzidos pela nossa narradora "Scheherazadesca". Momentos inconsequentes assumem o mesmo significado que eventos históricos: um casal flutua sobre uma Colónia devastada pela guerra; a caminho de uma festa de aniversário, um pai para à chuva para apertar os cadarços dos sapatos da filha; moças adolescentes dançam à porta de um café; um exército derrotado marcha para um campo de prisioneiros de guerra. Simultaneamente uma ode e um lamento, "Da Eternidade" apresenta-nos um caleidoscópio de tudo o que é eternamente humano, uma história infinita da vulnerabilidade da existência. Andersson, 77 anos, é um dos maiores génios do cinema contemporâneo. Da Eternidade segue a trajetória da sua brilhante Trilogia da Vida (Tu, que Vives, Canções do Segundo Andar e Um Pombo Pousou…). A estrutura e a linguagem são semelhantes. É um cinema feito de sketches interligados. Cada cena é um quadro, imaculadamente composto, geralmente sombrio, em que quase sempre se revela um olhar irónico e exterior sobre a natureza humana. As personagens, regra geral, são imensamente sós e confrontam-se com a pequenez da condição humana. Com derivas pela História da Europa, sobretudo o nazismo, mas centrando-se numa contemporaneidade universal, o filme tanto nos coloca situações humorísticas relativamente simples (mas sempre sutis e elegantes), quanto nos choca com elementos desconcertantes. Por exemplo, uma das grandes personagens deste filme é um padre que marcou uma consulta no psicólogo, por perder a fé. Mostra como, de forma imaginativa, em Andersson, o real e o etéreo ocupam o mesmo lugar. A mais recente obra do aclamado realizador sueco é um filme-poema onde trivialidade e significado colidem e se interligam. Esta nova obra do magistral cineasta Roy Andersson leva-nos a um mundo onírico onde o banal e a História se cruzam. Inspirado no legado do escritor César Vallejo, foi o vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza. Para ver o trailer do filme clique no vídeo aqui





The White Lotus é uma sátira perfeita dos ricos hoje em dia 


A brilhante série The White Lotus da HBO nos lembra que a sociedade de classes está em todos os lugares, até mesmo em uma ilha tropical ­­– algo que a televisão tradicionalmente faz o possível para esconder. Para ler o texto de Alex Hochuli clique aqui


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