terça-feira, 21 de setembro de 2021

Navegando pelo cinema

 



Paraíso à moda austríaca


O diretor austríaco Ulrich Seidl jamais seria chamado para dirigir Mary Poppins.  Não só porque uma produção Disney não caberia no estilo austero dos seus planos fixos e atuações hipernaturalistas, mas sobretudo porque sua visão de mundo é tudo menos cor-de-rosa. Depois de realizar diversos documentários (um deles sobre pessoas que têm relações amorosas com animais), consagrar-se com o acachapante Dias de Cão e exceder-se no exploratório Import/Export, ele carimbou definitivamente sua marca com a trilogia Paradies (Paraíso). Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui



O fetichismo da marginalidade (I) 


O que diz sobre como o cinema antecipou, por exemplo, o Holocausto, também o podemos transferir para uma cenário mais próximo, como a Argentina nos anos 70, onde havia um cinema militante que se concentrava nos sectores marginalizados e avisava ou alertava, por assim dizer, sobre o neoliberalismo e a miséria planeada. Com o passar do tempo, este fio foi cortado ou não recebeu importância; houve um aviso, mas não foi atendido (ou, pior ainda, foi reprimido). É interessante porque, face a estas imagens antecipatórias, havia uma maquinaria que tinha de responder com outras imagens para as encobrir. Face a imagens que anteciparam, foi necessário criar imagens que serviram para fortalecer o neoliberalismo, que serviram para fazer as pessoas quererem este modelo de vida. não se responde a imagens com um pedido de nulidade ou censura, responde-se a elas com outras imagens. Para ler o texto de César González clique aqui





A 200 metros 


Morando, com sua mulher, Salwa, e três filhos, em duas casas, uma na Cisjordânia, outra em Israel, o palestino Mustafa é obrigada a manter uma rotina diária exasperante, por conta da situação entre os dois países. Num dia em que ele não conseguiu entrar em Israel, por conta de um cartão vencido, seu filho sofre um acidente. Ele se desdobrará de todo modo para conseguir passar pelo muro. Para ler o texto de Neusa Barbosa clique aqui


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