domingo, 24 de março de 2013

O nacionalismo militante em o "Livro dos rios", de José Luandino Vieira

A expressão “nacionalismo militante” confunde-se, em conceito, com o termo “resistência” - já pensado e formulado entre os anos 1930 e 50, quando vários intelectuais se engajaram na luta contra o fascismo, nazismo, franquismo, salazarismo e, sobretudo contra o colonialismo. Ao longo desses anos firma-se uma frente de carácter libertador que, nas lutas de guerrilha, procura a libertação do jugo colonial. É um período muito candente, de união de forças, esforço intelectual e popular, pressistente na memória dos escritores ou narradores e que produz a chamada literatura militante ou de resistência. A literatura assume uma face neo-realista e os escritores despem-se de preconceitos, crenças, origens e raças desiguiais e tiram partido do imaginário e das experiências para plasmarem uma linguagem aderente ao real e aos valores do progresso, justiça e liberdade. O neo-realismo da literatura significa também a libertação das normas de escrita mais convencionais.
O nacionalismo politico-militante procura também a revolução no plano da narrativa e numa estilização da linguagem. O espírito inquieto das vanguardas, desse tempo conturbado, exige uma escolha sóbria, lúcida, sem ilusões literárias, sem individualismos exagerados, comprometida apenas com o que liberta o homem do jugo colonial. As opções de cada escritor, por mais diferenciadas que fossem, provêm todas de um mesmo pano de fundo, de uma mesma base, de uma mentalidade anticolonial gerada dialecticamente como um grande não lançado à ideologia dominante.
Para ler o texto completo de Francisco Kulikolelwa Edmundo clique aqui

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