A imprensa alternativa e a renúncia do papa
Segundo o sociólogo português Boaventura de Souza Santos, em Crítica da
razão indolente. Contra o desperdício de experiência (2003), a
pós-modernidade está tomada e tramada por um sistema de racionalidade indolente
e, não obstante a sua presunção e a sua arrogância simultâneas, está
escandalosamente muito aquém dos desafios e riscos postos, no contemporâneo,
pela e para a humanidade, além de ser incapaz de estabelecer uma relação
dialógica e afirmativa com as diversidades sociais, econômicas, epistemológicas,
biológicas e culturais que se agitam por todos os lados deste planeta,
convidando-nos a nos exprimir tendo em vista os compassos irreprimíveis de uma
coletividade cuja potência benfazeja está sendo absolutamente desperdiçada e
bloqueada, no exato momento em que a civilização burguesa, como um bicho
preguiça cosmológico, abraça-nos mortalmente, com suas gigantescas unhas
bélicas, através de guerras de pilhagem, hipocritamente disfarçadas de
intervenções humanitárias; através de um modelo produtivo insustentável
ecologicamente; através de incontáveis e inexprimíveis sofrimentos e humilhações
que atingem bilhões de humanos (se formos pensar de modo antropocêntrico).
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