Eutanásia: o que aprendi com minha mãe
Meu pai, irmã e eu sentamos num restaurante chinês quase vazio, escolhendo nossos pratos, incapazes de evitar a discussão que nos levara ali: quando seria o momento de deixar mamãe morrer?
Tinha sido um dia exaustivo no hospital, esperando – rezando – por qualquer sinal de que minha mãe poderia emergir de seu coma. Três dias antes, ela havia sido internada por náuseas; teve uma tosse horrível e enfrentava problemas para manter os alimentos no estômago. Mas quando a enfermeira tentou introduzir uma sonda nasogástrica, seu coração parou. Ela precisou de ressuscitação cardiovascular por nove minutos. Antes de que eu voasse para Chicago, um ventilador já estava respirando por ela, e a medicação intravenosa mantinha a pressão arterial estável. Hora após hora, meu pai, minha irmã e eu tentamos falar com ela, tocando suas músicas favoritas, encorajando-a a apertar nossas mãos ou abrir os olhos.
Os médicos não podiam dizer exatamente o que havia de errado, mas o prognóstico era sombrio, e eles sugeriram removê-la do respirador. Assim, aquela noite de janeiro, nos dirigimos a um restaurante no subúrbio de Detroit para uma inevitável reunião familiar.
Meu pai e irmã olharam para mim em busca de meus pensamentos. Em nossa família, sou a referência para todos os assuntos médicos. Por 15 anos, trabalhei como repórter de saúde: no Dallas Morning News, no Los Angeles Times e agora na ProPublica. Como tenho uma noção relativamente boa do complexo sistema norte-americano de saúde, fui eu quem ajudou meus pais a definir planos de medicamentos do Medicare1, pesquisar novos diagnósticos e questionar médicos sobre os tratamentos recomendados.
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