Navegandoo pelo cinema
Poucas canções, por mais inescapáveis e inesquecíveis que sejam, possuem um legado tão inescapável, inesquecível, e complexo quanto “We Are The World”. A composição de 1985, de autoria de Michael Jackson e Lionel Richie – então em seus respectivos auges de popularidade global – foi o elemento chave do projeto USA For Africa, que visava gerar empatia, consciência e generosas doações em prol das vítimas da fome na Etiópia. Seja pela melodia grudenta, pela letra repleta de sacarose, ou pelo elenco estelar convocado para a gravação beneficente (conduzido pelo maestro e gênio Quincy Jones), dois fatos são inegáveis: “We Are The World” é, sem dúvida, um sucesso integeracional, conhecida mesmo por gerações pouco familiares com o trabalho de seus autores ou participantes mais ilustres; e tal popularidade, ou familiaridade, pode esconder o fato de que, dadas as possibilidades, se trata de uma canção bastante aquém do potencial de qualquer um dos envolvidos. É importante rememorar estes dois pontos antes de apertar o play em “A Noite que Mudou o Pop” (“The Greatest Night In Pop”, 2024), documentário dirigido por Bao Nguyen e disponível via Netflix. Para ler o texto de Davi Caro clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário