Navegando pelo cinema
"Pobres Criaturas", de Yorgos Lanthimos
Se um filme como "Pobres Criaturas" é considerado “ousado”, inclusive nos quesitos estéticos, não é difícil concluir que vivemos tempos estranhos. Com cenários esquisitões que se assemelham a pinturas e sonhos, o filme tem sido apontado pela crítica como “original”, prova, dizem, da capacidade de Yorgos Lanthimos na criação de universos cheios de acidez, entre o retrô e a ficção científica, a fraqueza masculina e a liberdade feminina. Essa “ousadia”, não é preciso muito para concluir, estaria ligada sobretudo às cenas de sexo. É importante observar que essas mesmas cenas são um pouco rápidas, amontoadas, e não se busca na encenação apresentar o sexo como verdadeiro prazer ou repelência. Na construção de Lanthimos, o sexo é fundamental para sustentar esquisitíces, a comédia sobre uma mulher, Bella Baxter (Emma Stone), com cérebro de bebê, um filho no corpo da mãe, primeiro na prisão do cientista que a criou, depois em sua fuga ao mundo. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui
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