Nos caminhos da arte
Yayoi Kusama é uma artista plástica e escritora japonesa de muito sucesso que transformou sua doença e dificuldades em arte. Yayoi tem esquizofrenia e passou toda sua infância sofrendo com fortes alucinações. Com isso, começou a se expressar no papel usando aquarela, tinta a óleo e guache, sempre pintando as bolinhas ou, como ela chama, “pontos do infinito”. Não contou com o apoio da mãe, que chegou a agredi-la fisicamente por não aceitar sua vocação artística. Este fato inclusive agravou o quadro psíquico de Yayoi, gerando também graves instabilidades emocionais. Aos 27 anos, a vida de Yayoi Kusama mudou completamente quando foi morar em Nova York, iniciando um movimento vanguardista com exposições e manifestações artísticas. Ganhou muitos prêmios e tem até hoje suas obras são exibidas em vários lugares no mundo como Nova York, Japão e até no Brasil. Separamos algumas de suas principais obras que pode ver clicando aqui e aqui
O Oitavo Continente é basicamente uma estação
flutuante que funcionará como um organismo vivo completamente autossustentável.
A instalação proposta não só melhorará fisicamente a água, mas também visa
restaurar o equilíbrio do ambiente marinho. O design exclusivo coleta detritos
de plástico da superfície e os transforma em material reciclável. “Esta
plataforma de encontro única deverá aproximar as pessoas deste ambiente
distante e combater a ilusão de que não podemos prejudicar o oceano com as
nossas ações em terra”, afirma Lenka Petráková.
O Oitavo Continente consiste em cinco partes
principais: A barreira que irá coletar resíduos e coletar a energia das
marés. * O coletor, onde os resíduos são categorizados e depois biodegradados e
armazenados. * O centro de pesquisa e educação, que servirá de local de
estudo e demonstração do preocupante estado dos ambientes aquáticos. * Estufas,
onde serão cultivadas plantas e dessalinizada água. * Habitação com instalações
de apoio. Cada uma destas partes desempenhará um papel crucial e foi
desenvolvida com o objetivo principal de restaurar a saúde do oceano.
“A Barreira flutua na superfície da água e
movimenta os resíduos em direção ao coletor. A tecnologia de coleta no centro
do edifício foi pensada para otimizar o tratamento de resíduos”, explica
a arquiteta. “O centro de pesquisa e educação está ligado ao coletor e às
estufas para acompanhar os processos da água e estudá-los.” Além disso, as
estufas foram projetadas para maximizar a captação de água condensada e
funcionar como grandes velas. Por último, as habitações serão utilizadas como
espaços públicos e instalações de apoio. Eles passarão pelo centro do edifício
e conectarão todas as partes.
Surpreendentemente, a barreira também irá
recolher a energia das marés e ajudar a acionar a turbina para recolher os
resíduos. As estufas serão cobertas por painéis solares, garantindo energia
suficiente para aquecer os tanques de água. Isso permitirá a evaporação da água
e sua dessalinização. Uma vez extraída a água residual, a água limpa será
bombeada para um tanque de água, para ser dessalinizada ou utilizada para o
cultivo hidropônico de plantas halofílicas.
Além do seu design impressionante, o Oitavo
Continente certamente tem um propósito impressionante. A estação flutuante
dinâmica pode fornecer a cura necessária para os nossos oceanos, o que é
essencial para tornar possível um futuro ambientalmente sustentável.
“Os oceanos vitais estão sofrendo e devemos ajudar a restaurar
o seu equilíbrio para a sobrevivência do nosso planeta. Não podemos conseguir
isto apenas através da tecnologia, mas precisamos de uma plataforma
interdisciplinar para educar as pessoas e mudar a sua relação com o ambiente
marinho para as gerações vindouras”, concluiu Petráková. Essas inovações
arquitetônicas e tecnológicas são extremamente importantes. Esperamos que o
Oitavo Continente atinja os seus objetivos e inspire muitas criações
semelhantes.
Para ver imagens do Projeto Oitavo Continente clique aqui e aqui
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