A explosão poética de Patricia NiederMaya
Patricia Niedermeier é uma atriz e dançarina de forte presença cênica, que não costuma se amoldar a seus personagens, mas trabalhar numa linha difusa entre eles e si mesma. Em Maya, peça em cartaz aos sábados no saguão do Estação Net Rio, ela encontra material adequado a sua forma de atuar. Está intensa como sempre, mas visceral como nunca. Impressiona sua entrega física a essa evocação de Maya Deren, a cineasta, fotógrafa, dançarina e teórica que marcou o cinema underground estadunidense nos anos 1940. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
"O Contador de Cartas", de Paul Schrader
O jogador não tem casa. De motel em motel, ele cobre com tecido os móveis dos quartos em que se hospeda. Sua intenção é tornar os ambientes impessoais, anulá-los, não permitir que se tenha com o espaço algum vínculo e se retire dele uma história, uma lembrança. Ou que não possa, com seu corpo, misturar-se a moradias temporárias. O jogador é uma personagem que não quer ter uma história. Ele já teve uma, ou algumas. A principal, descobrimos ao longo de "O Contador de Cartas", detém-se ao período em que esteve no Exército Americano, especificamente na prisão Abu Ghraib, na qual participou de torturas a prisioneiros. Dessa experiência ele retirou um trauma; por causa dela, ficou preso pouco mais de oito anos e, na cadeia, aprendeu a contar cartas. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui
Na espera de um amanhã...
A realizadora vietnamita radicada nos EUA - Linh Tran - prossegue na sua primeira longa-metragem, frente a um território arriscado, a concepção de um filme sobre jovens desinteressados e possivelmente minado em autognose. Porém, desvia-se das armadilhas comuns localizadas nesta etapa prematura que facilmente cederia a presunções ou psicanalises “verdes”. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui
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