Èlia Bastida com Scott Hamilton & Joan Chamorro Trio: "Que Reste-t-il de nos Amours?"
Em domingos silenciosos e íntimos
acontecem por vezes inclinações mais ou menos poéticas ou sossegadamente
nostálgicas. Temas como este têm tendência a uma invocação, também ela poética,
nostálgica e sossegada, pela manhã acima, com o Charles Trenet também ele
provavelmente enchanté – de lá, de onde quer que esteja – com
esta belíssima interpretação do êxito intemporal que ela representa na nossa
memória, já herdada dos nossos pais e avós. Que dizer mais? Melhor ouvi-los –
há sempre neste escriba uma esperança ingénua e leve de que através de temas
populares e ultraconhecidos, as pessoas – os infiéis ou ateus musicais deste
tipo de música – lá cheguem…Ou pelo menos reparem no
encantamento das notas do violino, nos sons do sax tenor, na admiração mútua de
um pelo outro, em todo este decorrer. E (já agora…) como ela pega nas últimas
notas de um solo do sax (aos 3:23 minutos) e lhes dá continuidade. Ou como ela
mete o “C’est-si bon” (aos 4:18 minutos) no meio do seu próprio improviso.
Coisa comum, nos músicos desta música incompreensível, que pensam e agem à
velocidade da luz.
Carlos Reis (26/02/2023)
Para assistir à interpretação de
"Que Reste-t-il de nos Amours?" por Èlia Bastida com Scott
Hamilton & Joan Chamorro Trio clique no vídeo aqui
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