quarta-feira, 15 de abril de 2020

'Sergio': Wagner Moura é gigante em uma história que merecia filme melhor

Wagner Moura e Ana de Armas em "Sergio" - Netflix

Em uma cena já no meio de "Sergio", o diplomata brasileiro conversa com uma artesã em um mercado de Timor Leste, país que ainda lutava por sua independência. Ocupado com negociações com líderes separatistas e com o governo Indonésio, ele recupera neste momento a conexão com o povo, que sofre de fato as consequências brutais de acordos feitos em palácios e gabinetes. É uma cena incidental, mas que Wagner Moura injeta humanidade e eleva para um patamar de emoção genuína. Não é a única vez que "Sergio", drama que traz recortes da vida do brasileiro Sérgio Vieira de Mello, ganha volume com o trabalho de seu protagonista. Moura, que buscava um personagem de relevo depois de atuar em em "Narcos" e de saltar para trás das câmeras no ainda inédito "Marighella", encontrou na biografia do diplomata veículo perfeito para exercitar um tipo diferente de personagem. E é com ele que o filme passa de drama biográfico banal a obra que merece os holofotes, e são dele os momentos mais empolgantes da narrativa.
Para ler o texto de Roberto Savodski clique aqui

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