'Sergio': Wagner Moura é gigante em uma história que merecia filme melhor
Em uma cena já no meio de
"Sergio", o diplomata brasileiro conversa com uma artesã em um
mercado de Timor Leste, país que ainda lutava por sua independência. Ocupado
com negociações com líderes separatistas e com o governo Indonésio, ele
recupera neste momento a conexão com o povo, que sofre de fato as consequências
brutais de acordos feitos em palácios e gabinetes. É uma cena incidental, mas
que Wagner Moura injeta humanidade e eleva para um patamar de emoção genuína.
Não é a única vez que "Sergio", drama que traz recortes da vida do
brasileiro Sérgio Vieira de Mello, ganha volume com o trabalho de seu
protagonista. Moura, que buscava um personagem de relevo depois de atuar em em
"Narcos" e de saltar para trás das câmeras no ainda inédito
"Marighella", encontrou na biografia do diplomata veículo perfeito
para exercitar um tipo diferente de personagem. E é com ele que o filme passa
de drama biográfico banal a obra que merece os holofotes, e são dele os
momentos mais empolgantes da narrativa.
Para ler o texto de Roberto Savodski clique aqui
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