"Escultura e dança" - Casimiro de Brito
Escultura e dança: o meu corpo
no chão do teu corpo: um combate
contra a morte. Quando sou escultura,
danças. Quando, em sossego, me acolhes,
respiro. Depois hesito,
murmuro e caio
no abismo. Silêncio. Súbito
um sismo. És tu quem se desfaz
enquanto em teus vasos me derramo.
O caos em movimento.
Cavalgas uma onda.
Mergulho numa fenda.
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