LINCOLN: Já vimos esse filme
Nos cinemas, fazendo sucesso, o filme Lincoln, de Steven Spielberg,
que concorre ao Oscar com 12 indicações. Não escapa ao espectador brasileiro,
num misto de surpresa e ironia, saber que o 16º presidente dos EUA não relutou
em lançar mão de expedientes pouco honestos para garantir uma vitória na Câmara
dos Representantes. Não era pouca coisa o que se decidia e os métodos não foram
nem um pouco ortodoxos – ou foram, se considerarmos que, de fato, nenhuma
civilização esteve imune a eles desde o início da história humana. Para ir
direto ao ponto: Abraham Lincoln pede a seus correligionários que consigam os 20
votos que estão faltando para aprovar a 13ª Emenda Constitucional, que colocaria
um fim à escravidão em solo norte-americano.
No filme, o próprio Lincoln reconhece a linha tênue que separa algumas das
suas decisões da arbitrariedade. Confessa que tem superpoderes e que não sente
pudor em lançar mão deles. E, sobre os integrantes da Câmara, sua opinião era
muito próxima àquela formulada mais recentemente por Lula, quando este falou em
“picaretas”. Para conseguir a aprovação da emenda – o que de fato aconteceu –,
Lincoln explica àqueles que vão negociar em seu nome que podem oferecer cargos e
outras vantagens para que os membros recalcitrantes da Câmara mudem de lado. Em
linguagem bem atual, uma espécie de “mensalão” norte-americano.
Para ler o texto completo de Celso Vicenzi clique aqui
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