ANDRÉ LARA RESENDE: A propósito do otimismo
Daniel Kahneman, o psicólogo laureado com o Nobel de Economia, sustenta que,
se nos fosse dada a oportunidade de escolher uma única característica para
nossos filhos, não deveríamos hesitar: que sejam otimistas. Parece haver uma
alta correlação entre o otimismo e a felicidade. O otimismo é um traço
hereditário, tanto quanto a inteligência, a altura e a cor dos olhos. Que melhor
presente para aqueles a quem queremos bem do que lhes transmitir a propensão
para a felicidade?
Por duas vezes, em menos de um ano, ao terminar uma análise sobre os rumos da
economia mundial, recomendaram-me a leitura de The Rational Optimist.
As recomendações partiram de pessoas inteligentes, por quem tenho apreço. Não
que eu esteja particularmente pessimista, mas devo andar soando muito
pessimista. É verdade que tenho fama de pessimista. Nunca me importei com isso,
considero quase um elogio. Refuto com mais indignação a acusação contrária, de
um amigo fraterno, segundo a qual faço uso permanente de um par de óculos
cor-de-rosa que não me deixariam ver a sombria realidade como ela é. O fato é
que um otimista racional parece-me uma contradição em termos, soa como um
oximoro.
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