À sombra dos grandes asteróides
Nesta sexta-feira, a Terra viu-se em meio a um tiroteio cósmico. O petardo maior veio do Sul; o menor, do Leste. Eram objetos sem relação entre si, com órbitas distintas. Um, do tamanho de um prédio de apartamentos; o outro, bem menor, mas com mira mais precisa.O asteróide maior errou o alvo por 28 mil quilômetros, como esperado, mas o meteoro russo roubou o espetáculo, caindo como bola de fogo entre os Montes Urais e explodindo em fragmentos, criando uma poderosa onda de choque que estourou vidraças, derrubou telhados e feriu 1,2 mil pessoas — a maior parte, vítima de vidros partidos.
Foi com certeza o meteoro mais intensamente documentado na História — capturado por inúmeros motoristas russos, com suas câmeras acopladas a celulares. O espetáculo marcou um dia extraordinário para o planeta. O objeto, que explodiu sobre a cidade industrial de Chelyabinsk, causou o maior impacto humano num século e foi o primeiro, nesse período, a provocar vítimas — ao menos 48 pessoas hospitalizadas.
O asteróide esperado há muito — o 2012 DA14 — passou por nós de modo inofensivo, como os cientistas haviam prometido.
O texto a seguir de Joel Achenbach|é sobre ele, a mística e as ameaças reais representadas por objetos semelhantes. Pode lê-lo clicando aqui
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