O território da enunciação
É possível
pensar o processo de produção de sentido do texto a partir de uma abordagem que
procure circunscrevê-lo ao território da ação enunciativa da linguagem. A
partir de Bakhtin (1999), é possível dizer que o texto é operação que conta com
a ação do lugar simbólico do locutor que, ao dizer eu, para a posição
imaginária de um, diz, simultaneamente, tu, para a posição
imaginária de o outro. Nesses termos, configura-se a instância da
produção que, pressupondo uma certa instância de recepção, encontra, na ação
produtiva dessa outra instância, um outro lugar simbólico para as posições
imaginárias de um e de o outro. Tais posições, obrigatoriamente,
não se reduzem à mera reprodução da projeção imaginária construída a partir
desses lugares simbólicos na instância da produção. É o que se pode pensar
quando se toma a interação autor-leitor como território de mediação em que se cruzam,
ambiguamente, as vozes da produção e da recepção dos interlocutores na ação de
linguagem que os aproxima e os distancia.
Para ler o texto completo de Edson Nascimento Campos clique aqui
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