domingo, 14 de outubro de 2012

O território da enunciação

É possível pensar o processo de produção de sentido do texto a partir de uma abordagem que procure circunscrevê-lo ao território da ação enunciativa da linguagem. A partir de Bakhtin (1999), é possível dizer que o texto é operação que conta com a ação do lugar simbólico do locutor que, ao dizer eu, para a posição imaginária de um, diz, simultaneamente, tu, para a posição imaginária de o outro. Nesses termos, configura-se a instância da produção que, pressupondo uma certa instância de recepção, encontra, na ação produtiva dessa outra instância, um outro lugar simbólico para as posições imaginárias de um e de o outro. Tais posições, obrigatoriamente, não se reduzem à mera reprodução da projeção imaginária construída a partir desses lugares simbólicos na instância da produção. É o que se pode pensar quando se toma a interação autor-leitor como território de mediação em que se cruzam, ambiguamente, as vozes da produção e da recepção dos interlocutores na ação de linguagem que os aproxima e os distancia.
Para ler o texto completo de Edson Nascimento Campos clique aqui

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