A necessária crítica a uma ciência mercantilizada: a quem servem o publicismo, o citacionismo e o lema “publicar ou perecer”?
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence".
(Privatizando, Bertold Brecht, 2007)
Em
meu trabalho por três anos como Editora Geral da revista Psicologia em Estudo,
foi comum o recebimento de mensagens de autores angustiados em saber sobre a
tramitação de seus artigos, pois sua aprovação ou não punha em risco a
conclusão de sua pós-graduação (mestrado ou doutorado). Professores
pesquisadores de séria produção científica também escreviam, preocupados com
isso devido às pressões impostas pelos programas de pós-graduação a que estavam
vinculados, pois tinham que atestar uma boa quantidade de
artigos produzidos em um determinado triênio, sob pena de serem deles
sumariamente desvinculados, a despeito da solidez de suas pesquisas e da
qualidade de suas aulas ou orientações - estas últimas, fundamentais para a
formação de profissionais e pesquisadores compromissados eticamente com a
ciência.
Por
outro lado, pesquisas apontam um crescente adoecimento físico dos docentes pesquisadores,
como, por exemplo, a pesquisa de Santana (2011). Nela o autor evidencia de modo
contundente a correlação entre o aumento de produção científica e o número
médio anual de orientandos por pesquisador, com maiores ocorrências médicas relacionadas
a intervenções cardíacas.Para ler o texto completo de Silvana Calvo Tuleski clique aqui
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