terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A incultura totalitária

No conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, Guimarães Rosa nos fala de um homem perdido pelas veredas da vida mas que, no dia da sua morte, imprime à própria história um sentido que jamais tivera. Quantos de nós, quando chegar o momento, conseguirão fazer o mesmo? Trata-se, sem dúvida, de questão crucial, pois como seres semióticos não nos é dado viver sem perseguir significados – muito menos sem sermos por eles perseguidos.
Assediados por informações redundantes, a maioria dos humanos pós-modernos a elas reagem de maneira catastrófica: ora absorvem as notícias como se fossem parasitas, alimentando-se de bits que já chegam digeridos, ora engolem, sem critério, toneladas de conteúdos, para depois sofrerem de pantagruélica indigestão.
A internet é um caso exemplar. Por meio dela – creem os fiéis mais ardorosos – seria possível transmitir ao cidadão informações não distorcidas pelo “filtro pernicioso” da imprensa e também elevar o nível cultural do povo (há mesmo visionários que já sonham com democracias plebiscitárias, onde as questões relevantes seriam decididas “de casa mesmo”, pelo tamborilar obediente de milhões de dedos operosos no teclado místico da pátria).
Para ler o artigo completo de Cláudio L. N. Guimarães dos Santos clique aqui

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