quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Navegando pelo cinema

 





"Todas as Cores Entre o Preto e o Branco", da homofóbica Nigéria, é sutil e incômodo




Bambino vive uma vida comum de homem solteiro: seu trabalho como motoboy em Lagos, na Nigéria, lhe garante uma renda estável, tanto que ele ajuda os vizinhos financeiramente quando pode e é compreensivo quando atrasam os pagamentos que lhe devem. Dentre esses vizinhos está Ifeyinwa, que constantemente insiste em tentar seduzir Bambino, que passa a demonstrar algum ânimo apenas quando encontra o carismático Bawa, e ambos se conectam de forma bastante única. Com a desculpa de tirar fotos pela cidade, eles repetidamente se encontram e passeiam pela cidade na moto de Bambino. Esse é o plot central de “Todas as Cores Entre o Preto e o Branco” (“All The Colors in the World Are Between Black and White”, 2023), de Babatunde Apalowo, vencedor do Teddy Award 2023 na categoria de melhor longa-metragem com temática LGBTQ. Para ler o texto de Renan Guerra clique aqui







"Afire"




Ainda que esboce no final um gesto de esperança, "Afire", do alemão Christian Petzold, é uma obra sobre o desastre. Desastre do indivíduo, desastre do planeta. Ganhador do grande prêmio do júri em Berlim e destaque da recente Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme já entrou em cartaz nos cinemas brasileiros. Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui







O mesmo filme, um filme diferente




Em "A Estética do Filme", entre tantas passagens preciosas, peguei-me pensando sobre uma que se encontra no terceiro capítulo, de autoria de Marc Vernet (o livro é organizado por Jacques Aumont): “Quando se vai ver um filme de ficção, vai-se sempre ver simultaneamente o mesmo filme e um filme diferente”. O autor coloca duas questões: (1) todos os filmes contam – “sob aspectos e com peripécias diferentes” – a mesma história, a do confronto do Desejo com a Lei e de sua dialética; e (2) “qualquer filme de ficção, em um mesmo movimento, deve dar a impressão de um desenvolvimento organizado e de um surgimento que só se deve ao acaso, de forma que o espectador se encontre diante dele em uma posição paradoxal: pode prever e não pode prever a continuação, querer conhecê-la e não querer conhecê-la”. As ideias aqui postas merecem ser analisadas. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui


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