África: negligência e demolição
Nas últimas décadas, o conflito na África subsariana não só
devastou as aldeias e criou campos de refugiados em lugares dispersos, como
também transformou as cidades e vilas onde agricultores aterrorizados
procuravam segurança e oportunidade. Apesar dos subúrbios desordenados – fruto
de um crescimento urbano não planeado – não escaparem à visão dos gabinetes das
autoridades do Estado e das instituições de apoio internacional, estas
organizações não têm abordado a relação entre conflito e urbanização. Tal
negligência compromete a reconstrução pós-conflito, desperdiça oportunidades
para o desenvolvimento e arrisca-se a quebrar uma paz muito débil. Para ler o texto
de Simone Haysom clique aqui
Tem a ver com a história colonial da Europa como um todo: Vejo
este fenómeno de migração do Sul global para o Norte global como a fase mais
recente da longa história do capitalismo racializado e do colonialismo. Muitas
destas pessoas que estão a tentar atravessar vêm de países anteriormente
colonizados pela Europa. Sabemos que, essa longa história de colonização tem um
impacto no presente em termos de desigualdade estrutural, pobreza, despossessão
e guerra, e ao mesmo tempo que estamos a ver é a incapacidade da Europa de se
reconciliar com a sua própria história. Que é uma história de colonização,
evidentemente, instigada pelo proto-capitalismo e desenvolvimentos
capitalistas, bem como a hierarquia da racialização e o legado de brancura e
supremacia branca que alimentou toda a condição colonial. Para ler o texto
de Alicia Gaspar clique aqui
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