José Pastor Duarte Silva: "As estrelas hoje saíram"
As
estrelas hoje saíram
As estrelas hoje saíram
fora do seu leito azul
e vieram brilhar nas margens
dos meus olhos terrosos.
Com fúria de granizo
uma fumaça de luar
me embacia os olhos
num nevoeiro de borrasca ventosa…
Eu suporto frios intensos
e o branco polar
também pode ser pomba
Fechei minhas pálpebras
e as cisternas dos meus olhos
armazenaram mais águas.
e eles permaneceram límpidos,
sem uma lágrima,
com as raízes mergulhadas
no húmus milenário que me
alimenta.
Que me perdoem as flores,
mas eu hoje amei-as assim mesmo:
perdidas na cor e no balido dos
charcos, dançando ao vento
lágrimas vivas
confundidas com pinhais.
fora do seu leito azul
e vieram brilhar nas margens
dos meus olhos terrosos.
Com fúria de granizo
uma fumaça de luar
me embacia os olhos
num nevoeiro de borrasca ventosa…
Eu suporto frios intensos
e o branco polar
também pode ser pomba
Fechei minhas pálpebras
e as cisternas dos meus olhos
armazenaram mais águas.
e eles permaneceram límpidos,
sem uma lágrima,
com as raízes mergulhadas
no húmus milenário que me
alimenta.
Que me perdoem as flores,
mas eu hoje amei-as assim mesmo:
perdidas na cor e no balido dos
charcos, dançando ao vento
lágrimas vivas
confundidas com pinhais.
José
Pastor Duarte Silva
(poeta moçambicano)
1 comentários:
Lindo poema!
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