sábado, 18 de julho de 2020

Águas Negras de Junho

Estátua 'Aos Heróis do Ultramar'. Coimbra, Portugal

Ao cortar a cabeça de pedra de um colonizador, ao retirá-lo de pedestais e lançá-lo aos rios, pretende-se questionar a maneira com a sociedade é regida desde as suas estruturas fixas mais violentas. Pretende-se colocar em xeque todas as brutalidades e opressões advindas da colonização e denunciar as continuidades históricas que continuam a segregar, violentar e matar pessoas racializadas de forma sistemática.
Para ler o texto do Núcleo Antirracista de Coimbra (NAC) clique aqui

Crânios humanos numa exposição sobre história da anatomia, em 2016, em Berlim, Alemanha ADAM BERRY/GETTY IMAGES

Ossos humanos e histórias coloniais

Uma investigação de arquivo revela o passado oculto de uma coleção de crânios de Timor em Portugal. Estas viagens dos ossos para museus foram consequência das relações de poder e conquista dos impérios coloniais europeus, animados por nacionalismos bélicos e inflamados. Não surpreende por isso que o seu percurso tenha deixado rasto de abusos vários, tão complexos nos seus motivos e circunstâncias quanto atrozes nos seus efeitos.
Para ler o texto de Ricardo Roque clique aqui



Heranças africanas em língua portuguesa: "sempre habitamos um espaço maior que nós"

Num ensaio lucidamente intitulado “Da ficção do império ao império da ficção”, publicado em 1984, Eduardo Lourenço escreve a propósito da descolonização portuguesa:
Temos de nos habituar a pensar que sempre habitamos um espaço maior que nós e por isso mesmo sem sujeito. É a parte de verdade da nossa imperial ficção. Contentemo-nos hoje com a ficção dessa verdade. E adaptemo-nos em casa e fora dela a essa ficção”. (Lourenço, p. 269).
Para  ler o texto de Felipe Cammaert clique aqui



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