Fernando Echevarría: "Qualquer coisa de paz"
![Luso-Poetas: Setembro 2009](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0lFcZw22AJF9RnYk-X3d-ah-HA9rAdcpgCkLSdOMYlv2xCpYHKtKbzKXcrPki8ZiAPehi61bh-ictdg6z1IcC1Eml9BRFbfqD7yCp-cq8hrmbvxV_87u4gF6hu7NUme4ufM6ZtQyiFwWC/s400/Pier2-m.jpg)
Qualquer coisa de paz
Qualquer coisa de paz. Talvez somente
a maneira de a luz a concentrar
no volume, que a deixa, inteira, assente
na gravidade interior de estar.
Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente,
uma ausência de si, quase lunar,
que iluminasse o peso. E a corrente
de estar por dentro do peso a gravitar.
Ou planalto de vento. Milenária
semeadura de meditação
expondo à intempérie a sua área
de esquecimento. Aonde a solidão,
a pesar sobre si, quase que arruína
a luz da fronte onde a atenção domina.
Fernando Echevarría
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