"Soneto de amor" - José Régio
![Ditos e Desditos: Soneto de Amor (José Régio)](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhotWpG1qaM1VRCU_PXCHuJobiSgSOULCI6TuGK5RiUbFkWQllhHK1St60qxTeaANBgOlBa9KzbMh_G8vYMvjHiUlyRXKyHI2K1s5WFgmPTGcLmtDABzQ8gDF_S-kxnQAbf4yTMFOx1_Rh2/w1200-h630-p-k-no-nu/m%25C3%25A3os.jpg)
Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem
expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua...,- unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua...,- unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio
0 comentários:
Postar um comentário