Eduardo Viveiros de Castro: Os Involuntários da Pátria
Hoje os que se acham donos do Brasil — e que o são, em ultimíssima análise, porque os deixamos se acharem, e daí a o serem foi um pulo (uma
carta régia, um tiro, um libambo, uma PEC) — preparam sua ofensiva final
contra os índios. Há uma guerra em curso contra os povos índios do Brasil, apoiada abertamente por um Estado que teria (que tem) por obrigação
constitucional proteger os índios e outras populações tradicionais, e que
seria (que é) sua garantia jurídica última contra a ofensiva movida pelos
tais donos do Brasil, a saber, os “produtores rurais” (eufemismo para “ruralistas”, eufemismo por sua vez para “burguesia do agronegócio”), o grande
capital internacional, sem esquecermos a congenitamente otária fração fascista das classes médias urbanas. Estado que, como vamos vendo, é o aliado principal dessas forças malignas, com seu triplo braço “legítimamente
constituído”, a saber, o executivo, o legislativo e o judiciário.
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