"A questão da reprodução social ainda é fundamental". Entrevista com Silvia Federici
Eram fáceis, rápidos de fazer e serviam
para transmitir a mensagem. Eram muitas fotocópias que mostravam colagens,
desenhos recortados, letras de todos os formatos. O que diziam? “Não podemos
nos permitir trabalhar por amor”. Era 1973, em Nova York, e
aquelas que distribuíam os folhetos eram integrantes do Coletivo Salário
para o Trabalho Doméstico.
Desse
modo, tentavam iniciar um debate sobre essa tarefa invisibilizada que, ao longo de da
história, foi desempenhada por milhares de mulheres para
auxiliar a força de trabalho que ia para as fábricas, escritórios, etc., para
sustentar o sistema de trabalho no mundo capitalista. Trata-se da questão da
reprodução, de acordo com a denominação dada pela filósofa italiana Silvia Federici.
Folhetos,
fotos, panfletos, participações em congressos, materiais de discussão, tudo
isso estava guardado em uma caixa que a pensadora conservou por décadas. Hoje,
estão reunidos em Salario para el trabajo domestico (organizado
juntamente com Arlen Austin e editado
por Tinta limón e Traficantes de sueños). A autora de Calibã e
a bruxa fala sobre aqueles anos com uma tranquilidade luminosa.
Para ler
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