Cultura do patriarcado e desigualdades históricas entre os sexos são vetores de uma epidemia de violência contra a mulher. Entrevista especial com Nadine Anflor
Os números impressionam: a cada dois segundos, uma menina ou mulher é vítima de violência física, segundo o Instituto Maria da Penha. E estamos falando apenas de violência física, sem incluir ataques verbais e situações que expõem meninas e mulheres a constrangimentos, as famosas piadinhas. Pois especialistas apontam que uma inocente piada e situações de constrangimento têm ligação direta com feminicídio, que, aliás, em 2017, levou 2.795 mulheres à morte nos 23 países da América Latina e do Caribe (dados do Observatório de Igualdade de Gênero da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - Cepal). Afinal, está incrustada na sociedade uma ideia de inferioridade das mulheres em relação aos homens. “A violência contra a mulher não é um fenômeno recente, em que pese tenha ganho maior visibilidade na década de 1970, com a eclosão dos movimentos feministas, as raízes da desigualdade entre homens e mulheres datam de mais de 2500 anos”, observa Nadine Anflor, chefe de Polícia no Estado do Rio Grande do Sul e com anos de experiência no atendimento a mulheres vítimas de violência.
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