Otimismo, atitude subversiva
Surgiu, nas últimas semanas, uma interpretação particularmente mórbida para as manifestações que sacudiram o Brasil em junho. Elas teriam, segundo tal viés, rasgado a máscara de um país que “se achou”; que ousou acreditar em si mesmo e nas contribuições civilizatórias que poderia aportar ao mundo. A insatisfação de junho teria demonstrado que estas ilusões são tolas. E somam-se agora as imagens da visita do Papa: a praia de Guaratiba enlameada, as multidões comprimindo-se em Copacabana seriam o sinal definitivo de que nos resta curvar a cabeça, em sinal de humildade, meter o rabo entre as pernas e, quem sabe, orar…
Sairá nos próximos dias um livro que é a antítese desta imagem auto-flagelatória. Chama-se “A Onda Rosa Choque – Reflexões sobre redes, cultura e política contemporânea”. Reúne ensaios do jornalista Rodrigo Savazoni, um dos fundadores da Casa de Cultura Digital (CCD), em São Paulo. Transita entre o debate sobre Políticas Culturais e novas Culturas Políticas. Aborda a gestão de Gilberto Gil e Juca Ferreira no MinC; o declínio desse ministério, no governo Dilma; os Fóruns Sociais Mundiais e sua herança; a CCD e o coletivo Fora do Eixo – que o autor estuda, em sua dissertação de mestrado, e com o qual se diz “identificado politicamente”. Mas o livro vai muito além.
Para ler a entrevista de Rodrigo Savazoni clique aqui
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