sábado, 17 de dezembro de 2022

Novidade editorial CLACSO

 



 
Retorno após contágio
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Este libro, publicado originalmente en 1970, es el resultado de las investigaciones
de Orlando Caputo y de Roberto Pizarro en el Grupo de la Dependencia que dirigió Theotônio dos Santos en el Centro de Estudios Socioeconómicos (CESO) de la Facultad de Economía y Administración de la Universidade do Chile. O volume estuda criticamente a teoria "ortodoxa" do comércio internacional, as relações econômicas internacionais da América Latina, a teoria do imperialismo nos clássicos do marxismo e as mudanças mais importantes no sistema capitalista mundial desde a Segunda Guerra Mundial. Sua abordagem continua sendo útil para compreender
as novas formas que assumiu a condição de subdesenvolvimento que persiste nos
países de nossa região.
 







Ivangilda Bispo dos Santos - "A educação em Moçambique durante o regime ditatorial salazarista: projetos políticos e identidades coletivas (1926-1974)"




O objetivo desta dissertação é investigar como as ações educacionais desenvolvidas por diferentes instituições em Moçambique estiveram relacionadas às identidades coletivas dos indivíduos desse território e aos projetos políticos vigentes, com destaque para o Liceu Nacional Salazar, Escola de Habilitação de Professores Indígenas “José Cabral”, Centro Associativo dos Negros de Moçambique, Escola Chinesa, Instituto Moçambicano, Missão Anglicana, Missão Suíça e Igreja Metodista Episcopal. Em Moçambique, o desenvolvimento da escolarização esteve atrelado ao processo de colonização portuguesa e a dinâmicas sociais diversas, como a presença de missões protestantes, do islamismo ou de grupos e povos provenientes do continente asiático. Durante esse contexto, a Igreja Católica passou a ter um papel de destaque na educação escolar, o que envolveu a difusão do nacionalismo português, a expansão da fé católica e a mudança das práticas culturais de uma parcela da população africana. Em contraposição ao regime colonial e defendendo a construção do nacionalismo moçambicano, surgiu a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), em 1962, que elegeu a educação como um dos principais instrumentos para transformação revolucionária da sociedade. O recorte temporal analisado compreende os anos de 1926 a 1974, abrangendo desde a reformulação da política colonizadora, a instalação da ditadura salazarista, a emergência dos movimentos anticoloniais e independentistas, a expansão do sistema educativo, até o término da colonização. A pesquisa foi realizada a partir de estudos bibliográficos sobre a história da educação em Moçambique e algumas fontes documentais, tais como, a legislação colonial portuguesa, fotografias, notícias jornalísticas e relatos memorialísticos. Nesses documentos, foram analisados os discursos produzidos pelos sujeitos vinculados à educação escolar, com o propósito de problematizar questões que envolveram as identidades religiosas, nacionalistas, raciais e/ou étnicas presentes em suas propostas e iniciativas de ensino. Na fundamentação teórica, adotou-se a abordagem de histórias conectadas e, para análise das fontes, utilizaram-se os seguintes conceitos: colonialidade, transnacionalismo, identidade, gênero, escolarização, discurso, raça e racismo. Entre os resultados alcançados, destaca-se que a educação escolar foi uma produtora de desigualdades, um instrumento que influenciou os papeis de gênero, um meio de perpetração de violências, principalmente nas relações de trabalho, além de ter sido instauradora de identidades nacionalistas e religiosas, modeladora das relações étnico-raciais, consolidadora do projeto político colonial e possibilitou que alguns sujeitos tivessem uma mobilidade profissional. Para ter acesso ao conteúdo integral da dissertação de Mestrado em Educação (292 págs.) de Ivangilda Bispo dos Santos clique aqui


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