domingo, 16 de agosto de 2020

Defender que menina estuprada pelo tio não possa abortar leva ao inferno

Cartazes da contravigília pelo direito ao aborto em frente ao hospital Pérola Byington, em São Paulo  - BBC

A sensação de fracasso da civilização é grande ao constatar que existem pessoas defendendo a continuidade da gestação da menina de dez anos, estuprada durante anos pelo tio, em São Mateus, no Espírito Santo. A menina não quer prosseguir com a gravidez e teve sua vontade respeitada pela Justiça. A Vara da Infância e da Juventude autorizou a interrupção, seja pela realização do aborto ou pela antecipação do parto - pela lei, a decisão seria do responsável legal por ela ser menor de idade. Por aqui, isso é permitido em três situações - estupro, risco de vida para a mãe e anencefalia. Ela, portanto, preenche dois dos três requisitos. Mesmo assim, políticos e religiosos pressionaram para que ela leve a gestação até as últimas consequências. Seu estado de saúde inspira cuidados. 
Para ler o texto de Leonardo Sakamoto clique aqui

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