"Amor oculto" - António Vilhena
Amor
oculto
Há um amor indizível
à espera dos corpos
um amor quase oculto
feito de sombras
e desejos que não
cabem
nas palavras de um
amor convencional.
Há um arco sem fim
entre as margens
dessa espera, um
dragão de fogo renascido
na esperança onde a
solidão é coisa
de adolescentes e de
amantes separados.
Há a voz indelével
como as águas livres
da montanha o eco e
a insônia no rubor
da tua face branca
onde adormecem
as noites e o luar
das mãos.
António Vilhena
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