De Trump ao cão-tinhoso: notas sobre a besta, o ser humano e outras (in)versões
Com o amparo de mecanismos de natureza jurídica, científica ou
artística, a exploração da diferença tem sido, desde sempre, uma das vias mais
seguras para o exercício da dominação. Por penetrar no cotidiano ao ponto de
criar uma ilusão de espontaneidade, esta prática engendra uma “estrutura de
sentimento” (1) cujos efeitos são perversos e duradouros. Ao reformular pautas,
algumas muito antigas e outras nem tanto, o mundo de hoje reconstrói o cenário
excepcional do “campo”, além de inventar outros que, por serem móveis e
líquidos, poderiam ser chamados de “mares de concentração”. Ergue ainda novos
muros, em cima dos quais algumas lideranças se sentam para observar a agonia
continuada de indivíduos em situação de risco e sem qualquer dispositivo legal
ou político que leia o seu caso.
Para ler o texto de Nazir Ahmed Can clique aqui
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