"À Maria Teresa Horta" - Joaquim Pessoa
À Maria Teresa Horta
Minha fêmea
esculpida neste verso
meu poeta da raiva de não ser
ou estar ou ver apenas o reverso
da metade que há no homem na mulher.
Minha espada cravada neste espelho
de rosas desbotadas e perdidas
meu nó estrangulado o canto velho
das imagens estilhaçadas repetidas.
Ergue o teu beijo por cima da certeza
de ser esta cidade este poema
que nos despe e nos leva para a cama
onde a poesia é mais livre mais acesa.
Joaquim Pessoa
0 comentários:
Postar um comentário