quinta-feira, 18 de abril de 2013

A cidadania segundo Aaron Swartz

Há menos de um mês, a revista estadunidense The New Yorker publicou uma matéria sobre Aaron Swartz intitulada Requem for a Dream. Trata-se de uma belíssima crônica escrita por Larissa MacFarquhar, resultante de um robusto trabalho investigativo sobre a genialidade do cyberativista tragicamente morto em janeiro de 2013 e as percepções das pessoas próximas a Aaron com relação ao modo como ele enfrentou o polêmico processo criminal (iniciado em razão do download de milhares de artigos acadêmicos pela plataforma JSTOR, através de um computador ligado na rede do Massachusetts Institute of Technology) que motivou sua morte.
A crônica, entretanto, erra ao focar no "lado sombrio" de Swartz e nas relações de causalidade que podem explicar seu suicídio. Ao meu ver, o caso de Aaron Swartz não deve ser objeto de reflexão para possíveis explicações causais (quais fatores psicológicos e biológicos levaram ao suicídio?). Buscar uma explicação é colocar-se em uma posição de conforto (construir sentido). Na minha leitura, o suicídio de Swartz - ocorrido há quase três meses - deve levar ao desconforto reflexivo e um debate sério sobre cidadania e engajamento político. Os projetos nos quais Aaron se envolveu e as causas pelas quais ele lutou (compartilhamento de informação, modelos alternativos de copyright e aproveitamento do potencial conectivo da internet para ativismo cívico) forçam um trabalho constante de questionamento sobre as limitações do status quo e o potencial de empoderamento ligado a inovações.
Para ler o texto completo de Rafael Zanatta clique aqui



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