A polarização entre Ocidente e Oriente
A desconfiança de que estejamos chegando ao fim de 500 anos de supremacia ocidental fez com que dois historiadores da Grã-Bretanha publicassem simultaneamente dois livros que tratam do choque traumático entre duas civilizações, a ocidental e a oriental. Lançados no ano passado, na Inglaterra, esses dois títulos - Guerra Santa, de Nigel Cliff, eCivilização, de Niall Ferguson - chegam agora traduzidos ao mercado brasileiro. No primeiro, seu autor, um jovem crítico inglês que trabalha para o jornal The Times, reconta a história das três viagens de Vasco da Gama ao Oriente no fim do século 15, retratando-o como um aventureiro ambicioso e cruel que buscou não só uma rota alternativa para as Índias. A mando do rei Manuel I, ele embarcou numa cruzada marítima que tinha como objetivo expandir o domínio português e massacrar muçulmanos, então senhores do comércio de especiarias.
No segundo livro, Ferguson afirma que o navegador português e seus homens, vivendo num mundo polarizado pela fé, se dedicaram a um espetáculo de violência inaudita - mutilação de tripulantes de navios capturados, incêndio de naus com fiéis a caminho de Meca - por acreditar que a melhor defesa é o ataque. Havia, segundo Ferguson, um traço de crueldade em Vasco da Gama e nos 170 homens que seguiram esse jovem de 28 anos na aventura de abrir uma rota marítima da Europa à Ásia. Atrás de um mítico rei cristão, que governaria um reino oriental e poderia servir de aliado, eles lutaram contra fortes correntes marítimas para torturar antípodas e banir o Islã, que havia bloqueado o acesso da Europa ao Oriente. Ferguson diz que os homens de Lisboa demonstraram uma brutalidade que até mesmo os chineses raras vezes manifestaram.
Para ler o texto completo de Antonio Gonçalves Filho clique aqui
No segundo livro, Ferguson afirma que o navegador português e seus homens, vivendo num mundo polarizado pela fé, se dedicaram a um espetáculo de violência inaudita - mutilação de tripulantes de navios capturados, incêndio de naus com fiéis a caminho de Meca - por acreditar que a melhor defesa é o ataque. Havia, segundo Ferguson, um traço de crueldade em Vasco da Gama e nos 170 homens que seguiram esse jovem de 28 anos na aventura de abrir uma rota marítima da Europa à Ásia. Atrás de um mítico rei cristão, que governaria um reino oriental e poderia servir de aliado, eles lutaram contra fortes correntes marítimas para torturar antípodas e banir o Islã, que havia bloqueado o acesso da Europa ao Oriente. Ferguson diz que os homens de Lisboa demonstraram uma brutalidade que até mesmo os chineses raras vezes manifestaram.
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