Diário de uma busca
O cinema latino está repleto de filmes que
abordam as ditaduras militares que assolaram o continente na segunda metade do
séc. XX. O tema é bastante
compreensível, dado a forma com que estes governos assolaram os países, e muito
importante para que as gerações seguintes às ditaduras tenham clareza sobre como
a população era (mal)tratada, independente de indicadores econômicos. O
diferencial do documentário de Flavia Castro é que a diretora não aborda uma
grande personalidade ou um grande fato da história do Brasil, mas a história do
militante Celso Afonso Gay de Castro, para ela o mais importante. Seu próprio
pai.
Dentro desta proposta dificilmente o filme
deixaria de ser intimista e a diretora explorou muito bem o recurso de contar a
história da própria família. Todo narrado em primeira pessoa, o documentário
ganha mesmo traços de um diário, que começa na década de 1960 e percorre os
caminhos que o pai, militante de esquerda, foi obrigado a percorrer para fugir
da perseguição política do regime opressor contra o qual lutava, até sua morte
que, como tantas outras deste período, foi cercada de mistérios e
contradições.
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