terça-feira, 29 de novembro de 2011

FACEBOOK: o maior espião do mundo

O guia para aplicação da lei e procedimentos para entrega de dados de usuários do Facebook vazou pela web no dia 23 deste mês. Três informativos online trataram do assunto: o TPM, de Washington, o ZDNet e a grande sensação, o site de pesquisadores independentes em defesa da liberdade de informação, Public Intelligence, que foi a fonte original da notícia, colocando à disposição da imprensa e público os vazamentos dos dados sobre as diretrizes de proteção e entrega de dados de usuários da rede social às autoridades judiciárias e governamentais.
Os dados estavam em forma bruta e não-editada no site dos pesquisadores. A organização do site lembra o WikiLeaks dos primeiros tempos, e não apresenta a informação na forma de notícia. Os dados estão lá para download, mas não existem comentários e ninguém desenvolve ou articula nenhuma conexão de sentido noticioso. Apenas um título meio obscuro sobre as recomendações e condições legais do Facebook para a entrega de dados de seus usuários às autoridades de Estado. O material exposto pela Public Intelligence vai desde 2006 até o último vazamento de 18 de novembro deste ano pelo pessoal do Anonymous’s Sec, postado num arquivo torrent no site Pirate Bay, um aliado de primeira hora do WikiLeaks.
O Pirate Bay é o mais antigo site anticopyright em atividade no mundo. Graças a um de seus fundadores, o sueco Per Gottfrid Svartholm (o maior especialista em rastreio e blindagem de sites da Europa), o site vem repelindo cada ataque do Departamento de Defesa dos Estados Unidos ao site até os dias de hoje. Svartholm participou da produção do vídeo “Collateral Murder”, do WikiLeaks. Ficou encarregado da publicidade do filme. O próprio Assange produziu a fita, que mostra um helicóptero de ataque “Cobra” dizimando impiedosamente civis em Bagdá em 2008. Svartholm foi condenado por não comparecer a um tribunal sueco em outubro e está foragido. Mas seu site está ativo e os vazamentos continuam. O programador sueco pode gerar seus próprios IPs, o que torna sua localização virtualmente impossível. O IP é uma série numérica que identifica computadores na web.
O texto completo de Sérgio da Mota e Albuquerque pode ser lido aqui

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