Assassinato de Kadafi, marco zero do imperialismo do século 21
Se observamos a história das grandes civilizações, perceberemos que todas elas foram erguidas oprimindo povos e a natureza. Todas, tal como a nossa, fazem parte do longo pesadelo que tem sido a presença humana na Terra, sempre a oprimir, a saquear, a subjugar, a guerrear e a matar. O peso de genocídios do verdadeiro filme de horror coletivo da história das grandes civilizações é tão grande que parece que não conhecemos, como perspectiva, senão o fatalista movimento de inércia desse peso. Parece que só sabemos igualmente oprimir, saquear, subjugar, guerrear e matar, como se fosse parte da natureza humana ser, de forma bárbara, o que tem sido.
Certamente não sairemos nunca da barbárie em que nos metemos enquanto produzirmos sociedades baseadas na opressão de classe, de gênero, étnica, linguística, financeira, estética, razão pela qual nunca conseguiremos nos livrar da natureza genocida do peso da herança de guerras e espoliações das grandes civilizações que nos precederam enquanto não eliminarmos da face da terra a memória da opressão. Tal memória opressiva é tão onipresente que em relação a ela o filósofo alemão Walther Benjamin escreveu esta frase lapidar: “Todo monumento cultural é também um monumento à barbárie”, pela evidente razão de que foi erguido através da exploração do trabalho coletivo e serve precisamente para evidenciar a derrota e o abandono dos povos.
Todo monumento – cultural, histórico, científico, tecnológico –, portanto, deve ser analisado como se fosse uma lápide tumular dotada da seguinte inscrição: “Aqui jaz os povos, os recursos naturais e os seres não humanos que foram dizimados para que ou este castelo, ou este palácio, ou este aqueduto, ou esta cidade, este país; este continente, língua, banco, empresa, Ferrari, astro e um sem fim de possibilidades pudessem ser adorados, desejados, endeusados, respeitados, reverenciados”.
Para ler o texto completo de Luís Eustáquio Soares clique aqui
Certamente não sairemos nunca da barbárie em que nos metemos enquanto produzirmos sociedades baseadas na opressão de classe, de gênero, étnica, linguística, financeira, estética, razão pela qual nunca conseguiremos nos livrar da natureza genocida do peso da herança de guerras e espoliações das grandes civilizações que nos precederam enquanto não eliminarmos da face da terra a memória da opressão. Tal memória opressiva é tão onipresente que em relação a ela o filósofo alemão Walther Benjamin escreveu esta frase lapidar: “Todo monumento cultural é também um monumento à barbárie”, pela evidente razão de que foi erguido através da exploração do trabalho coletivo e serve precisamente para evidenciar a derrota e o abandono dos povos.
Todo monumento – cultural, histórico, científico, tecnológico –, portanto, deve ser analisado como se fosse uma lápide tumular dotada da seguinte inscrição: “Aqui jaz os povos, os recursos naturais e os seres não humanos que foram dizimados para que ou este castelo, ou este palácio, ou este aqueduto, ou esta cidade, este país; este continente, língua, banco, empresa, Ferrari, astro e um sem fim de possibilidades pudessem ser adorados, desejados, endeusados, respeitados, reverenciados”.
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