O economicismo neoliberal é uma doença mental
Franco “Bifo” Berardi (1949) pode muito bem ser caracterizado, ainda que até certo ponto, como filósofo, escritor e crítico cultural de esquerda. Durante os anos 1970, mais precisamente até 1977, foi membro ativo da autonomia operária italiana, movimento marxista libertário do qual também participou Antonio Negri, entre outros. Nesses anos de militância, Berardi fundou revistas, criou rádios alternativas e canais de TV comunitários, até ser preso. Após a repressão ao movimento autonomista, que levou vários militantes à prisão (entre eles Negri, acusado de participar do assassinato do deputado democrata-cristão Aldo Moro), radicou-se em Paris, onde teve contato com Félix Guattari e Michel Foucault. Durante os anos 1980, morou em Nova York e San Francisco. Nos anos 1990 retornou à Itália e, em 2002, criou a TV Orfeo, a primeira televisão comunitária italiana. Formado em estética, atualmente professor de História Social dos Meios de Comunicação na Academia de Belas Artes de Brera (Milão), Berardi tem unido à sua extensa produção teórica uma colaboração permanente a meios de comunicação alternativos, pelo menos desde que fundou a revista do autonomismo A/Traverso. Desde então, desenvolve um intenso pensamento crítico e estuda as transformações sociais e subjetivas causadas pelo capitalismo, particularmente sobre os efeitos dos meios de comunicação em massa no imaginário social. À sua maneira, na verdade, Berardi não deixou de ser um militante-filósofo (ou um filósofo-militante) desde a revolta dos anos 1970. Para ler sua entrevista clique aqui
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