Festival Internacional de Filmes da Diáspora Africana (FIFDA): estratégias de resistência
Todos os anos, em setembro, o Festival Internacional de Filmes da Diáspora Africana (FIFDA) permite-nos descobrir a programação selecionada com filmes raros de Diarah N’Daw-Spech e Reinaldo Barroso-Spech, novos ou desconhecidos, explorando a grande panóplia de culturas afrodescendentes em todo o mundo, mas também filmes feitos na África por diretores que ali vivem. Este é, novamente, o caso com esta 13a edição, com filmes que giram em torno da resistência. Para ler o texto de Olivier Barlet clique aqui
"Dália Negra"
“I see the family as a structure that brings about the manipulation and destruction of the individual.” (Brian De Palma). Esta frase, dita em longa entrevista do cineasta para o livro de Samuel Blumenfeld e Laurent Vachaud, deixa claro, mais uma vez, o quanto a imagem que ele guarda da instituição familiar é de mais danos do que de aspectos positivos. É uma visão extremamente pessimista e amarga, mas não é novidade para quem acompanha a obra de De Palma e sabe da relação de proximidade de seus personagens e sua biografia. E quando o cineasta parecia estar disposto a deixar para trás todos os seus traumas num filme como "Missão Marte" (2000), tudo volta, de maneira ainda pior, com "Dália Negra" (2006), seu filme noir sangrento e bastante sombrio que envereda pelos medos e pelas inseguranças mais profundas do ser humano. Para ler o texto de Ailton Monteiro clique aqui
"O Milagre", de Sebastián Lelio
O jornalista presenteia a criança com um taumatrópio, brinquedo que consiste em unir dois lados de uma superfície e fazer com que formem uma mesma imagem. De um lado um pássaro, do outro uma gaiola. Quando a superfície gira, nossos olhos são “enganados”: temos a impressão que o pássaro está dentro da gaiola mesmo fora dela. Esse brinquedo coroa a ideia presente no início e no encerramento de "O Milagre", de Sebastián Lelio: a exemplo do objeto, o cinema – seus estúdios, seus cenários, sua maquiagem – “engana” nossos olhos. A bordo dele, estamos “dentro” e “fora” ao mesmo tempo: sabemos, no fundo, que tudo não passa de truque, mas nos deixamos levar pela ficção. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui
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