sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Navegando pelo cinema

 





Descobertas e decepções




Dois filmes excelentes, um alemão, outro americano, revelam, por contraste, as deficiências de novos lançamentos do Brasil. Para ler o texto de Eduardo Escorel clique aqui





Beth Carvalho e Cafi, cada um com sua câmera



“Beth Carvalho cineasta!”, grita alguém na primeira cena de "Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho". Atrás da câmera estava Beth gravando Mário Lago e Walter Alfaiate no meio de uma roda de samba num bar carioca. Ao longo de quase duas horas, vamos ver cenas relativamente íntimas da cantora no seu ambiente favorito, o samba, filmadas por ela ou por seu motorista-cinegrafista Antonio Carlos. Esse é o recorte e o dispositivo do filme de Pedro Bronz.


O fotógrafo pernambucano Carlos da Silva Assunção Filho (1950-2019), conhecido como Cafi, ganha um perfil mais rascunhado que pronto nesse documentário de Lírio Ferreira e Natara Ney. “Protegido” dos sons do mundo pelo seu inseparável fone de ouvido vermelho, Cafi é visto vagueando por meio Brasil para costurar seus flashes esparsos de memória. Só tira o fone para trocar lembranças com Alceu Valença, Macalé, Chacal, Lô Borges, Miguel Rio Branco, Zé Celso Martinez Correa e a ex-mulher Deborah Colker. Ele morreria pouco depois, em janeiro de 2019.


Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui




"A Doce Vida", de Federico Fellini



O herói de "A Doce Vida" é um homem provisório. Em diferentes episódios, perdê-lo é inevitável. Seu criador e reflexo, Federico Fellini contempla a vida e nos faz pensar o tempo todo no desaparecimento. Moderno porque provisório. Aos nossos olhos, uma vida desesperada regada a delícias, aventuras passageiras, reinos em decomposição. “Gosto das casas em construção, dos bairros em demolição, das pessoas que chegam atrasadas aos encontros”, confessa o cineasta. “O provisório é minha condição favorita. Gosto desta sensação de ser um basbaque no interior de minha própria vida.” Há mais de uma pessoa em Fellini. Um homem simples, em seu interior, que observa ele mesmo, todos seus movimentos. Há mais de uma pessoa em Marcello, o protagonista. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui


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