Navegando pelo cinema
Ainda que tentemos compreender a relação pai e filha como natural ao longo de "Aftersun", algum estranhamento é posto. A carapaça ganha espaço: o pai precisa se esconder, ocultar as próprias dores, e a filha nunca o enxerga por completo. Com o filme caseiro de viagem, em vídeo, a filha tenta encontrar o pai e, para ela e para nós, restam lacunas. O trabalho de Charlotte Wells chega a ser algo raro: um filme de mistério sobre a vida cotidiana. Aguardamos por um choque, por um susto, por um acidente ou revelação. E a “vida comum” não devolve nada senão seu próprio mistério: para a estabilidade das relações, precisamos manter nossos esconderijos em pleno funcionamento. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui
Recentemente questionaram-me sobre a importância do cinema na era do streaming e se o conceito de sala de cinema, como o conhecemos hoje, se manteria no futuro. Na minha opinião, a resposta curta e direta é que o streaming trouxe-nos coisas boas e que a sala de cinema há-de prevalecer. Há espaço para os dois e um não tem de excluir o outro nem se sobrepõe. Tal como na música, também o cinema beneficiou bastante com os serviços de streaming ou serviços VoD (video on demand, ou vídeo sob demanda). O streaming foi uma forma de combater a pirataria, quer para a música, quer para o cinema. Foi uma forma de os tornar mais acessíveis, de ser mais “justa” (para o público e para o criador) e também de permitir conhecer novos criadores e novos trabalhos, em múltiplos dispositivos (smartphones, computadores, internet, televisões, tablets, boxes). Para ler o texto de Tiago Resende clique aqui
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