Nos caminhos da arte
Quando invocamos estas personagens já
desaparecidas, mas felizmente registadas, única e agradecida maneira delas
sabermos, graças a humanas tecnologias – melhores que qualquer invocação
religiosa – há sempre uma mistura de prazer e alguma nostalgia, típica dos mais
avançados em idades. Cremos, no entanto, que o prazer se sobrepõe, bem como o
encantamento (e a estupefacção) de assistir a coisas tão notáveis como este “Begin
the beguine” de Cole Porter, dançado pelo Fred Astaire e pela Eleanor
Powell numa exibição impossível e perfeita, capaz de cortar a
respiração a um peixe apreciador de Tapdance, sobretudo quando a partir
do 1:20 minuto ambos verdadeiramente endoidecem, em termos de rapidez e súbita
exuberância. Excelente também uma imagem (anos 40!) em que a brancura imaculada
dos dois bailarinos contrasta com a obscuridade do cenário.
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