Navegando pelo cinema
A solidão do pampa
Casa vazia, de Giovani Borba, é uma narrativa seca sobre um homem abandonado pela família, desempregado e ladrão de gado. Na vertigem horizontal da planície, filme mostra um peão fora do jogo devido à monocultura de soja – e sua mecanização. Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui
A Física como espetáculo em "Oppenheimer"
Assim como todos ficamos indecisos no julgamento moral de Julius Robert Oppenheimer, eu permaneço indeciso sobre o que achei de "Oppenheimer", o filme. O cientista tinha bons motivos para desenvolver a bomba H (na verdade, o H não foi ideia dele) com o intuito de dissuadir os nazistas, mas insistiu em que a despejassem sobre um Japão já meio derrotado. Logo sentiu-se com “sangue nas mãos” e um remorso que suplantava o orgulho do sucesso. Não soube medir o impacto do seu invento, uma vez que o uso de qualquer tecnologia independe da vontade do seu criador. Por outro lado, “quase zero” não seria garantia suficiente para o risco de um apocalipse nuclear. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
Barbie: apocalipse em pink
Não é fortuito que “Oppenheimer” e “Barbie” tenham sido os grandes filmes do ano. Para além do planejamento da indústria cultural, que produz cada vez mais uma sociedade de caos plenamente administrado, a falta de imaginação de “Barbie” (e de parte da crítica que se dedicou a comentá-la alegremente nas redes) é produto de um mundo no qual a bomba atômica transformou a utopia em catástrofe. Para ler o texto de Bruna Della Torre clique aqui
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