Navegando pelo cinema
Alain Bergala - Roteiro
O roteiro é uma questão bastante múltipla. Há cineastas que fazem um roteiro perfeitamente fechado, tudo está no lugar. E depois, na filmagem, eles tentam reproduzir exatamente o roteiro.
Por outro lado, há cineastas que tem um roteiro também, mas
que pensam que depois em função do que se passa na filmagem,
em função do tempo, dos atores, em função de tudo isso, o roteiro fica um pouco aberto. Pode-se mudar mesmo o diálogo.
Pode-se inventar mesmo coisas que não estavam escritas no roteiro.
Quando se faz um filme, com crianças, adolescentes ou estudantes, é preciso necessariamente ter um roteiro um pouco aberto.
Porque se eles quiserem fazer um roteiro totalmente fechado, filmar exatamente o que foi previsto, frequentemente será impossível. Afinal, as condições em que eles trabalham, não são condições profissionais em que tudo está preparado, ajustado. Então é
melhor dar a eles consciência disso previamente, dizendo algo
como: “Nós escreveremos, mas depois podemos mudar em função de como acontecerá, em função dos atores, etc”. Com alunos, a única solução é ter um roteiro um pouco aberto. Eles chegam ao cenário e eles veem coisas que eles não
pensavam que iam encontrar. Eles ficam sensíveis à luz. Eles
ficam sensíveis a tudo o que se passa e é preciso que eles tenham tempo para reagir a isso. Eles não devem chegar pensando que eles vão fazer exatamente o que estava escrito.
Logo, na pedagogia, isso é muito importante.
Se desejar assistir à fala de Alain Bergala clique no vídeo aqui
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