Navegando pelo cinema
Alain Bergala - Interior
Eu não nasci em Paris. Eu não fiz meus estudos em Paris. E os
parisienses tinham todos os filmes. Era muito fácil para eles ter
acesso ao cinema.
Na região da Provença - eu sou da Provença, no sul da França -
havia filmes - sobretudo na cidade de Aix-en-Provence. Nós líamos no Cahiers du Cinéma que havia muitos filmes bons, mas
não podíamos ver, o que nos deixava frustrados. E, de fato, no
final, ser cinéfilo no interior, mesmo com a frustração, era muito
bom. Isto é, nós tínhamos uma vontade muito forte. Então íamos a Paris, quando podíamos. Na maioria das vezes, no entanto, nós não podíamos viajar 200 km de carro para ver um filme
que quiséssemos muito ver.
Então, houve deste modo, uma cinefilia de interior na França.
Muito importante, em relação aos que tinham tudo, aos que
eram ricos de cultura, que eram os parisienses.
Se desejar assistir à fala de Alain Bergala clique no vídeo aqui
Antonio Banderas: "Sou um democrata, respeito a decisão da maioria. Mas estamos sendo governados por muitas minorias"
O ator abre um ciclo de sua vida. Instalado em Málaga, sua terra natal, ele é o maior promotor cultural da região e fala sem restrições sobre política, o mundo, o ícone, seu último perfume e sua própria morte. Para ler o texto de Xosé Hermida clique aqui
FILME INTEGRAL - "Os fuzis" de Ruy Guerra (1963)
Nordeste, 1963. Sertanejos famintos comem farinha e bebem água na varanda de uma casa pobre. Enquanto isso, um batalhão de soldados chega à Milagres, uma pequena cidade da caatinga. A tropa está lá para proteger o armazém de alimentos de um comerciante local, que teme um levante popular. Ganhador do Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim, "Os fuzis" é uma obra-prima do cinema brasileiro moderno. Trágico, desconcertante, formalmente rigoroso, funde as linguagens do documentário e da ficção de forma inovadora e radical. Para assistir ao filme (1:24:00) clique no vídeo aqui
0 comentários:
Postar um comentário