Reinventar os direitos humanos
Em seu novo livro, Boaventura de Sousa Santos e Bruno Sena Martins põem em questão a visão dominante dos direitos humanos, sua incapacidade para confrontar o capitalismo, o colonialismo e o patriarcado, e propõem transformá-los através de um diálogo intercultural com as “epistemologias do Sul”.
Para ler o texto completo de Javier Lorca clique aqui
Gayatri Chakravorty Spivak: "Pode o subalterno falar?"
A pergunta trazida no título do livro Pode o Subalterno Falar? da escritora indiana
Gayatri Chakravorty Spivak traz em seu bojo algumas ambiguidades, possivelmente
propositais.
Aqui se posta um dos objetivos da obra: re-discutir as implicações da representação do
sujeito do denominado Terceiro Mundo na conjuntura do discurso ocidental(-izado).
Assumindo uma postura firme e corajosa, a autora chama para si e para os demais intelectuais
pós-coloniais, a responsabilidade, de combater a subalternidade. No seu entender, tal ação se
efetiva não falando pelo, mas criando mecanismo para que o subalterno se articule e seja
ouvido.
O sujeito subalterno na definição de Spivak é aquele pertencente “às camadas mais
baixas da sociedade constituídas pelos modos específicos de exclusão dos mercados, da
representação política e legal, e da possibilidade de se tornarem membros plenos no estrato
social dominante”(p.12). Avançando no tema, e tendo como ponto nodal a história de uma
viúva, duplamente impedida de se auto-representar, primeiro por ser mulher e segundo por
sua condição de viuvez, a autora sustenta que esta situação de marginalidade do subalterno é
mais arduamente imposta ao gênero feminino, posto que a “mulher como subalterna, não
pode falar e quando tenta fazê-lo não encontra os meios para se fazer ouvir”( p.15).
Para ter acesso ao livro completo clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário