"Não te deites ..." - Casimiro de Brito
sem a minha nudez.
Como podes tu respirar
sem a minha língua
aventureira
nos teus ninhos?
Os meus joelhos
na tua cintura
adiam a morte.
Poderei cantar
a terra do corpo
que só tu semeias
esculpes
e elevas?
Deitar-me não sei
sem a tua nudez.
Como podes tu
refazer a árvore do corpo
sem o coração
dos sexos
incrustados
um no outro?
Caio na luz que tu
irradias.
Como posso eu viver
sem as cores
do teu jardim?
Casimiro de Brito
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