Curta-metragem "Amorfhobia"
O
curta-metragem, Amorfhobia, de Clara Fernandes, dirigido por Maurício
Muniz, apresenta-se como um pergaminho indecifrável, casulos que moldam corpos,
mistérios que vêm da floresta ou do mar, estandartes de rede que anunciam novos
caminhos, o corpo feminino deitado no chão auscultando o bater do coração da
Mãe Terra, o acariciar das águas em pequenos charcos na floresta... Que busca
empreende essa mulher que se decide a entrar na floresta? Por que no mesmo
espaço um homem parece querer anunciar algo? Estarão estes personagens em busca
do amor, em busca da vida? Ou estarão se escondendo do amor! O que os move
então? Não sabemos que o amor, infatigável, os alcançará por mais que se
refugiem e enredem os rostos com liames e folhagens da floresta? A
caminhada, que se inicia com dois personagens, em breve incorporará mais três
mulheres e uma menina. O que seduziu estes novos personagens? A proposta
do amor? Os corpos são capturados pela sombra e luz, como um alvorecer. Sugerem
algo além da imagem em si, inquietam e atravessam nosso olhar e, desse modo,
permitem múltiplas possibilidades de leitura. Convido
o leitor/espectador a fazer a sua.
José de Sousa
Miguel Lopes
Para assistir
ao curta-metragem, de cerca de 18’, clique aqui
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